quarta-feira, 28 de março de 2012


Recapitulando...
Segmentação: aumento do número de células (blastômeros); 
Mórula: grupo de células agregadas. Lembra uma amora; 
Blástula: esfera oca onde a camada de células que envolve a blastocele (cavidade); 
Gástrula: forma o arquêntero, a mesentoderme e a ectoderme; 
Nêurula: forma o tubo neural, ocorrendo no final da anterior; 
Organogênese: formação dos órgãos.


A formação da gástrula a partir da blástula apresenta notável diferença Embriologia conforme seja estudada num animal inferior (o anfioxo, por exemplo) ou no e Histologia homem. O anfioxo é um pequenino animal marinho, com aspecto parecido com o de um peixe. Durante sua formação embrionária, a blástula começa a sofrer invaginação num dos pólos. A invaginação se acentua até que esse pólo encontre o outro. A essa altura, o corpo multicelular assume o formato de um balão, cuja parede é constituída de duas camadas, e dotado de uma boca. A boca desse “balão”
recebe o nome de blastóporo. 
Esta formada a gástrula. A formação da gástrula pelo processo visto, é chamada de gastrulação por embolia. E a gástrula com apenas dois folhetos embrionários (ectoderma e endoderma) é a gástrula didérmica.
Nos mamíferos, ocorre a gastrulação por epibolia. A blástula (aqui também chamada blastocisto) mostra-se como uma esfera formada de uma só camada de células. Mas num dos pólos dessa blástula encontramos um grupamento de células voltado para a cavidade blastular que recebe o nome de embrioblasto. É a partir do embrioblasto que vai originar-se a gástrula e, por conseguinte, o embrião. A camada de células que delimita toda a blástula é chamada de trofoblasto. Ao trofoblasto vai competir formar a placenta.
As células do embrioblasto começam a se organizar, formando duas camadas superpostas: o ectoderma (com células altas) e o endoderma (com células pequenas). As duas camadas juntas constituem o disco embrionário. Quando vistas de cima, revelam contorno circular ou discóide. Acima do disco, fica um pequeno espaço sem células, que é a vesícula. Abaixo, surgirá, em breve, outra cavidade, que será a vesícula vitelina.
O recurvamento dos bordos dos discos embrionário para baixo (como um disco de cera que derretesse sobre uma pequena esfera) faz com que ele assuma o formato de um balão de paredes duplas.
A gástrula didérmica deve evoluir para gástrula tridérmica. Para isso, deverá surgir um terceiro folheto embrionário – o mesoderma –, que se situará entre o ectoderma e o endoderma. A fim de que isso ocorra, uma região do endoderma, chamada mesentoderma, forma duas evaginações laterais, que acabam por se transformar em duas bolsas. Essas bolsas, finalmente, se estrangulam e se desprendem do mesentoderma que lhes deu origem. O desenvolvimento dessas bolsas levará ao aparecimento dos dois folhetos mesodérmicos, dos quais um ficará aderido ao ectoderma, com ele formando o que chamamos de somatopleura, e o outro ficará agrupado ao endoderma, formando juntamente com ele a esplancnopleura. O espaço interior do corpo embrionário delimitado pela somatopleura e pela esplancnopleura recebe o nome de celoma.
Enquanto o mesoderma se forma, simultaneamente o ectoderma sofre, ao longo do dorso da gástrula, um aprofundamento em forma de sulco. Os bordos desse sulco se fecham e surge um canal ou tubo que se desprende do ectoderma que lhe deu origem. Essa formação é o tubo neural. Ao mesmo tempo em que isso se passa o mesentoderma também sofre uma evaginação longitudinal, que acaba por dar origem a um cordão que dele se desprende. Esse cordão longitudinal que se situa entre o tubo neural e o arquêntero é a notocorda, notocórdio ou cordão dorsal.

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